Estratégia leva o Paraná ao ouro no revezamento do triatlo dos JJ CAIXA Brasília 2025

Luisa Vilha Ribas e Eduardo Staniaski Gonçalves executam perfeitamente o plano traçado para subir ao lugar mais alto do pódio

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No esporte, derrotas muitas vezes ensinam mais que vitórias. Os paranaenses Luisa Vilha Ribas e Eduardo Staniaski Gonçalves podem testemunhar sobre isso com seu ouro no revezamento do triatlo nos Jogos da Juventude CAIXA Brasília 2025 conquistado nesta quarta-feira, 17 de setembro. Na véspera, ambos chegaram ao pódio na prova individual – Luisa com a prata e Eduardo com o bronze. E foi ali que o ouro em equipe começou a se desenhar.

No início da prova, Eduarda saiu da água em terceiro lugar, atrás de São Paulo e Paraíba. Mas eles tinham um plano. “Ontem nós observamos como competia cada estado”, conta Luisa. “Ontem eu larguei mal na natação. Fiquei no meio, apanhei muito na saída e saí da água em sétimo. Hoje fiquei mais pra ponta. E combinamos de eu não perder a Maria Paula (SP) de vista. Se possível, abrir o máximo que pudesse”, conta a triatleta. Foi o que ela fez. No ciclismo e depois na corrida Luisa ultrapassou Maria Paula Lima (SP) e Ana Claudia Siqueira (PB) e entregou a prova para Eduardo na primeira colocação.

Eduardo manteve a distância na água, mas na bicicleta o paulista Henrique Domingues tirou toda a diferença. “Sei que meu pedal precisa melhorar, mas também sabia que na corrida eu sou melhor que ele. Não foi surpresa ele ter me alcançado, mas como não passou, eu também só controlei para me guardar para o final da prova”, revela Eduardo. Deu certo e o time cruzou a linha de chegada em 49min05seg. São Paulo e Santa Catarina fecharam o pódio.

Luisa e Eduardo traçaram estratégia depois das provas individuais. Foto: Juliana Ávila

Caminhos diferentes até o triatlo

Moradores de Curitiba, Luisa e Eduardo têm histórias bem diferentes na modalidade. “Eu comecei porque era bem gordinho. Aí uma prima me chamou para experimentar. Eu fui para emagrecer, peguei gosto e não parei mais!”, conta Eduardo.

Já Luisa só tinha uma coisa na cabeça. “Desde meus 7 anos meu sonho sempre foi disputar os Jogos Olímpicos”, revela. Parecia que seria no taekwondo, esporte que abraçou no início e que conciliava com a natação como exercício. “Mas no clube onde eu treinava decidiram que só poderia um esporte por criança, porque eram muitas. Minha mãe me contou que tinha uma escolinha de triatlo, resolvi tentar e agora eu quero ser atleta de alto rendimento”, planeja.

Nenhum dos dois tem planos de parar tão cedo. “Faço triatlo há três anos. Parece pouco, mas ele está tão presente na minha rotina que não consigo me ver sem”, diz Eduardo. Assim como Luisa. “É minha vida. Se não treino, já sinto abstinência. E adoro a adrenalina da competição”, comenta Luisa. “Eu também gosto da competição. Do ambiente, estar envolvido ali nas conversas. Eu gosto é de bagunça”, admite Eduardo.

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