Goleiros Samuel e Artur fecham o gol de SC e comemoram o tricampeonato no handebol

Goleiros se revezam para garantir solidez na final contra o ES. Santa Catarina chega ao tricampeonato

Voltar para
Voltar para

Quando estourou o relógio na final masculina da 1ª divisão do handebol dos Jogos da Juventude CAIXA Brasília 2025, dois jogadores de Santa Catarina primeiro comemoraram sozinhos o tricampeonato. Abraçados no chão, Artur Florindo e Samuel Paludo celebraram emocionados. Ambos disputaram sua primeira edição de Jogos no limite de idade – 17 anos – e só jogaram quando o outro estava fora. Na vida solitária de goleiro, eles construíram a parceria que segurou o time do Espírito Santo e garantiu o placar de 22 a 17 com grande atuação.

“Eu acho que fiz um baita jogo no primeiro tempo. Mas não comecei bem no segundo e quando o Samuel entrou, ele fechou o gol”, elogiou Artur. Não é que que um tivesse perdido a posição – no começo do torneio, Samuel começou as partidas. “Não entendo nossa relação como uma disputa. Nós somos um só. Quando um está na quadra, quem está de fora fica auxiliando”, explicou Samuel.

“O time, para ser bom mesmo, tem que ter um bom goleiro. Porque quem está ali analisa melhor o jogo, fica mais distante, observa o que está acontecendo. E pode acontecer num jogo de um não estar legal. E também pode ser como hoje, quando os dois jogaram bem”, explicou Artur.

Dali de onde construíram um muro que repelia os arremessos do Espírito Santo, Artur e Samuel foram a segurança que o time de Santa Catarina precisou para se manter à frente do placar. “O erro do goleiro define o placar às vezes. Lá na frente eles podem errar e tentar de novo. Mas o goleiro só se ferra”, disse Artur. “E quando a defesa não consegue segurar, o goleiro é a última chance de evitar o gol. Por isso que a cada defesa o banco se levanta, grita. Isso alavanca o time. E quando repomos a bola em jogo rápido, ainda geramos no ataque”, analisou Samuel.

Conhecidos como adversários – Samuel jogando por Criciúma e Artur, por Chapecó – o revezamento estreitou a amizade expressa naquele abraço solitário. E nos planos para depois do jogo. “Nem sei ainda o que fazer. Estou em êxtase”, contou Samuel. “Nem eu. Mas nós vamos comemorar de alguma maneira”, garantiu Artur.

Notícias relacionadas