O Paraná conquistou o segundo título consecutivo da 1ª divisão do vôlei feminino nos Jogos da Juventude CAIXA Brasília 2025. Após a baixa da central Marieli Gaides por contusão nas semifinais, a versatilidade do time foi colocada à prova na final diante do São Paulo, no ginásio da Federação de Voleibol do Distrito Federal (FVDF). Os improvisos surtiram efeito e as paranaenses venceram por 3 sets a 1, parciais de 25/19, 14/25, 27/25 e 25/18, nesta quinta-feira (25/09).
Um deles foi a ponteira Isabele Filardo, que disputou a decisão improvisada como central. “O time fez um ótimo trabalho e eu queria muito contribuir com isso, acabei contribuindo em uma posição diferente da minha. Mas eu tive algumas experiências como central quando era mais nova e consegui colocar em prática aqui, porque infelizmente a nossa central machucou na semifinal. Foi muito bom, consegui passar confiança para as minhas parceiras e o sentimento é muito gratificante”, comenta a jogadora.
Aos 17 anos, Isabele se despede dos Jogos da Juventude como multimedalhista. Uma semana atrás, ela ganhou o bronze no vôlei de praia, ao lado de Bianca Loureiro. Na edição anterior dos Jogos da Juventude, a paranaense havia terminado o torneio nas areias na 5ª colocação. Desta vez, na sua segunda participação no evento multiesportivo organizado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), Isabele competiu também nas quadras, onde levou o ouro, fechando a competição com duas medalhas.

“São os meus últimos Jogos da Juventude e saio com o sentimento de dever cumprido desse campeonato maravilhoso, que todo atleta sempre sonho disputar. Saio daqui muito feliz não só pelas medalhas, mas por também ter conseguido as pulseirinhas, os brincos, a foto com a bamba e todas as outras interações que têm no evento”, diz Isabele.
Final emocionante
O Paraná começou melhor a decisão pelo título da 1ª divisão do vôlei feminino dos Jogos a Juventude CAIXA Brasília 2025. Sem muitas dificuldades, fechou o primeiro set por 25 x 19. Após o baque inicial, a equipe de São Paulo mudou a postura e atropelou na parcial seguinte: por 25 x 14. Após momentos bem oscilante entre os times, o jogo retomou equilibrado.
O terceiro set foi disputado ponto a ponto até 10 x 10. Neste momento, a capitã paranaense Catherine Iaschombek foi para o saque e só saiu após seu time abrir 5 pontos de vantagem. Quando a parcial apontava 21 x 13 e parecia perdida ao São Paulo, o time protagonizou uma reação fantástica, diminuindo a diferença para 2 pontos.

Mas Eduarda, um dos destaques paulistas, torceu o tornozelo e precisou deixar a quadra. A disputa seguiu acirrada, terminando 27 x 25 para o Paraná. Na volta às quadras para o quarto set, o Paraná foi superior e, desta vez, não deu chances de reação às adversárias, fechando a parcial por 25 x 18; e o jogo por 3 sets a 1.
“Sabíamos que seria um jogo difícil, porque são meninas que já atuaram na seleção brasileira da categoria de sub-17 e que têm o bloqueio muito alto. Mas todo nosso time entrou firme e concentrado desde o começo e o meu saque teria que ser arriscado de qualquer forma. Sempre vou com coragem, é, para ser efetiva para o jogo”, avalia Catherine Iaschombek, ponteira do Paraná.
Aos 17 anos, Catherine se despede dos Jogos da Juventude como capitã do time na sua segunda participação na competição. A ponteira é uma das remanescentes da equipe campeã em 2024, que inclui também Clara Lawrenz e Lavínia Costa. “Essa vitória significa muito mais para mim, porque eu atuei mais em quadra do que no ano passado. Meus últimos Jogo da Juventude vão ficar guardados para sempre no meu coração, ainda mais que fechei com chave de ouro”, completa Catherine.