Do alto dos seus 1,98 metros de altura, o capitão e central da seleção masculina de vôlei de Minas Gerais, Luís Gustavo Ribeiro, de 17 anos, se impõe. Não somente pela técnica e liderança, mas ele se tornou o símbolo e a referência da jovem equipe, cujos muitos de seus atletas participam pela primeira vez dos Jogos da Juventude CAIXA. Nas disputas em Brasília, Luís é o elo mineiro do time que tem em seu elenco garotos de vários lugares do Brasil.
Na tarde deste domingo (21), estreia de Minas na primeira divisão do vôlei masculino nos Jogos, Luís foi o alicerce do time na vitória emocionante diante de São Paulo por 2 sets a 1, com direito à parcial de 22 x 20 no tie-break (demais parciais de 25×20, 23×25). Acima da comemoração pela estreia com vitória, o mineiro de Uberlândia trouxe consigo a representação de sua cidade – base do time, com os atletas provenientes do tradicional Praia Clube – e do acolhimento aos demais companheiros, jovens que vieram de Tocantins, Rio Grande do Sul e São Paulo, por exemplo, em busca do sonho da profissionalização no voleibol.
“Comecei desde pequeno nas categorias de base do que hoje se tornou o Praia Clube. Fui evoluindo. Sempre quis representar muito bem Minas Gerais. E aí o projeto foi crescendo, outros meninos vieram de fora e nos tornamos praticamente uma família. No começo os sotaques eram diferentes e a gente conversava meio esquisito (risos), mas depois tudo foi se acertando e essa convivência é muito boa para o time”, comentou.
O fato é que o acolhimento do jovem foi para além da quadra. A mãe dele, Lidiane Godoy, tornou-se a “mãe do time”. De acordo com Luís, Lidiane acompanha bem de perto a equipe e até “mima” os meninos com bolos e lanches caprichados no pós-treino. Atitude que o jovem valoriza bastante.
“Todo mundo ama a minha mãe. Ela sempre acompanha os jogos e ajuda todo mundo do time, até levar no médico, porque os meninos estão lá sem os pais. Ela se tornou a mãe do time inteiro”, falou, com orgulho.
Cria típico de Uberlândia, Luís almeja seguir carreira na sua cidade e no clube que o vem formando. Até lá, continuará inspirando os companheiros de time e dando o suporte para que, juntos, construam excelentes memórias ligadas ao voleibol. Claro, com os olhos bem atentos sobretudo para o alto rendimento.
“Pretendo seguir no Praia e subir para o time adulto, que teve um investimento recente muito bom. Quero jogar pelo Praia para completar essa jornada desde novinho até o profissional. E certamente visualizo chegar na seleção brasileira. Trabalho para isso”, finalizou.
