Quando saíram de Juazeiro, no interior da Bahia, rumo à Brasília para os Jogos da Juventude CAIXA 2025, as meninas do time de handebol tinham algumas metas em mente. A primeira: não repetir a colocação do estado na edição 2024. “Nós não éramos do time, mas a Bahia ano passado ficou em último lugar dos Jogos da Juventude. E isso a gente não queria”, conta Eloísa de Souza.
Esta meta já foi alcançada. Com duas vitórias em dois jogos, o time está bem colocado no grupo B da 3ª divisão do handebol dos Jogos da Juventude. Os triunfos foram contra Tocantis, na estreia, por 23 a 17 e contra o Amapá pela segunda rodada, com placar de 26 a 19. “Nós estamos treinando para isso”, diz Lauryane Chaves.
Os treinos são na escola, já que todas estudam juntas e foi representando o colégio que se classificaram para os Jogos da Juventude. “Pelo menos três vezes por semana tem treino. Estamos fazendo nosso melhor”, acredita Marianna Sodré.
Resolvida a questão da lanterna da competição, é hora de dobrar a meta. “Queremos pegar uma medalha”, informa Lauryane. “Esse é nosso próximo objetivo. Vamos um passo de cada vez”, prossegue.
E vão juntas. Dizem que se ajudam umas às outras. E falam todas ao mesmo tempo, empolgadas com tudo que estão vivendo na capita federal. “Estou adorando esses Jogos. É tudo maravilhoso. Poder sair de Juazeiro, estar aqui, conhecer pessoas de outros lugares”, enumera Lauryane.
A ideia é desfrutar do momento enquanto tentam realizar o sonho. “Nós sabemos que um ouro é difícil. Tem muitas equipes boas aqui jogando. Mas é como disseram as meninas, um bronze pode ser possível”, diz Maria Paula Rocha.
Nesta terça-feira ela enfrentam o Rio Grande do Norte e tentam sair em primeiro lugar no grupo. Do jeito que der. “Tem um monte de nós machucadas. Tem menina com dedo doendo, meu joelho está incomodando. Mas estamos aí jogando como se não houvesse amanhã”, brinca Maria Paula.
Se forem um passo além do bronze, ainda conseguem subir para a 2ª divisão e permitir que o time baiano que for aos Jogos da Juventude representando o estado no ano que vem esteja numa situação melhor. “Imagina! Ganhar uma medalha e ainda voltar pra Bahia na 2ª divisão. Depois de ter sido último em 2024!”, projeta Eloisa.