Brilho e identidade nos collants: ginastas explicam como criam e escolhem os figurinos das apresentações

Ginastas da rítmica revelaram o processo criativo por trás dos collants usados em suas apresentações durante os Jogos da Juventude CAIXA Brasília 2025

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O collant na ginástica rítmica é sinônimo de identidade em movimento. Ele acompanha cada gesto, reflete emoções e ajuda a contar a história da apresentação. Brilhos, cores, lantejoulas e desenhos revelam a essência de quem está no tablado. Nos Jogos da Juventude CAIXA 2025, as atletas e a embaixadora Babi Domingos mostraram como essa peça é capaz de unir moda, emoção e esporte em um único espetáculo.

“A criação do collant vem logo depois da escolha da música. A gente sempre tenta conectar as duas coisas, porque não dá para usar um collant aleatório. Já tive, por exemplo, um collant inspirado nas roupas da Lady Gaga, porque combinava com a trilha. Buscamos referências da música, do estilo da ginasta e até de vestidos que podem ser adaptados. É sempre um processo conjunto entre atleta, técnica e música”, explicou Babi.

Babi Domingos criou um figurino que tivesse referência a cantora e atriz Lady Gaga. Foto: Miriam Jeske/COB

Durante as apresentações da segunda divisão da modalidade, realizadas nesta segunda-feira (22), no ginásio do Maristão, Lara Santos, de 14 anos, da Paraíba, queria mais do que um figurino. Por isso, desenhou do zero o próprio collant, inspirado na música escolhida para a série de maças: O Segredo da Duquesa. Entre as referências que reuniu, incluiu um relógio nas costas, que remetia aos sons da trilha.

“Eu vi alguns collants na internet e pensava: nossa, não sou eu. Então decidi desenhar. Minha música tem barulhos de relógio, então coloquei um atrás, algo mais elegante, antigo. Misturei várias referências e fiz meu collant. Mas cada ginasta pensa naquilo que mais combina com a sua apresentação. É muito personalizado, e o figurino ajuda a mostrar quem somos e o que queremos passar ali no tablado”, contou Lara, que começou na modalidade aos 7 anos.

Lara desenhou o próprio figurino. Foto: Juliana Ávila/COB

Para sua companheira de equipe, Julia Soares, o collant representa autoconfiança. Assim como Lara, ela também tomou as rédeas do processo criativo e desenhou a própria peça. Inspirada por modelos que encontrou na internet, juntou diferentes ideias, fez seu desenho e levou à costureira. O resultado, segundo ela, não poderia ser melhor.

“Ficou lindo, eu amei. Quando visto, me sinto uma diva, muito poderosa. Ele é cintilante, dá para ver do outro lado do ginásio. Eu amo meu collant porque ele traduz exatamente quem eu sou”, disse Júlia.

Julia pegou referências para montar seu collant. Foto: Juliana Ávila/COB

Já a alagoana Bettina Campelo, de 14 anos, se apresentou ao som de uma trilha indiana e buscou inspiração nas vestimentas típicas para criar sua peça. O exemplo mostra como o collant pode expressar diferentes culturas ao redor do mundo, sempre em sintonia com a melodia escolhida.

“Queríamos algo diferente do comum, porque muita gente escolhe músicas mais animadas para a série de maças, e eu queria uma trilha mais suspense. Encontramos a música e levamos a ideia para a Sandra, que faz os desenhos dos nossos collants. Ela criou um modelo perfeito, que casou direitinho com a música. Ficou maravilhoso, eu amei”, contou Bettina.

As disputas da ginástica rítmica chegam ao fim nesta terça-feira (23), com as finais por aparelhos. O público poderá acompanhar tudo ao vivo pelo canal do Time Brasil no YouTube.

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