A relação de Clara Lawrenz com os Jogos da Juventude CAIXA não é de hoje. Aos 15 anos, a ponteira do Paraná já carrega o título de veterana e chega à sua segunda participação como uma das referências do voleibol paranaense. Com atuações consistentes, ela ajudou o time a se classificar para as semifinais da competição e a ir em busca do bicampeonato consecutivo dos Jogos.
O amor pelo esporte também surgiu cedo. Criada entre treinos e competições da irmã Julia, ela encontrou inspiração dentro de casa e iniciou sua trajetória em 2019, no ginásio do Círculo Militar, em Curitiba. Desde então, o vôlei se tornou parte essencial da sua rotina. Em 2021, aceitou o desafio de experimentar o vôlei de praia, que começou como complemento para a quadra e logo se transformou em outra paixão.
“Eu comecei por causa da minha irmã. Sempre joguei vôlei de quadra e, em 2021, passei a jogar também o vôlei de praia, por incentivo da minha mãe, que dizia que ajudaria no meu jogo de quadra. Acabei gostando e hoje pratico os dois”, contou a camisa 15.
Entre a quadra e a areia, a versatilidade virou sua marca. Ponteira de origem, em Brasília ela também tem atuado como oposta, encarando o desafio de aprender uma nova função que ainda está descobrindo e buscando dominar.
“Acho que estou me adaptando super bem. Saber fazer um pouco de tudo é muito importante. Estou conseguindo entregar bem e isso vem de muitos treinos”, comentou.
As boas atuações renderam a Clara convocações para a seleção brasileira de base. Em 2023, ela vestiu a camisa verde e amarela pela primeira vez ao participar do laboratório da Sub-17 de quadra. E quem pensa que parou por aí, se enganou: em 2024, também foi chamada para o camping da Seleção Sub-19 de vôlei de praia. Nos torneios nacionais, seguiu chamando atenção, sendo campeã dos Jogos da Juventude CAIXA João Pessoa 2024 com o Paraná e eleita a melhor ponteira do Campeonato Brasileiro de Seleções Sub-18, disputado em Maringá (PR).
“Estar na Seleção é sempre uma experiência incrível. Além de evoluir tecnicamente, a gente amadurece muito como pessoa, amplia a forma de pensar o jogo e volta ainda mais preparada para os campeonatos”, destacou Clara.
Na família Lawrenz, o vôlei se transformou em tradição. A filha mais velha, Julia, está nos Estados Unidos, onde cursa faculdade e defende a equipe de vôlei de praia no Havaí. Clara, por sua vez, sonha em transformar a paixão em carreira, seguindo os passos da irmã. O pai, André, sempre esteve presente em treinos e competições e faz questão de viver cada conquista de perto.
“Estar aqui vendo a Clara jogar é especial. Ela cresceu dentro do ginásio, sempre acompanhando a irmã, e hoje conquista o próprio espaço. O esporte ensina muito, forma caráter e nos dá a chance de viver momentos como esse em família. É só orgulho”, contou o pai.
Nesta terça-feira (23), o Paraná superou a equipe de Minas Gerais por 2 sets a 0 e garantiu vaga nas semifinais.
“A gente ficou muito feliz com a classificação. Agora é pensar na semifinal e dar tudo certo para buscarmos o bicampeonato dos Jogos da Juventude”, finalizou a atleta.
