Do norte ao centro-oeste, Pedro e Tiago são protagonistas da própria história nos Jogos da Juventude Caixa 2025

Atletas de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul compartilham sonho de viver do basquete em alto rendimento

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O que liga a região Norte do Brasil à região Centro-Oeste? Para Pedro Henrique, atleta de Santa Catarina, e Tiago Reinaldo Alvarenga, do Mato Grosso do Sul, o elo é o basquete. E, se o esporte é a conexão, os Jogos da Juventude CAIXA Brasilia 2025 são o grande palco e um dos responsáveis pela concretização dos sonhos dos dois jovens de 17 anos.

Pedro Henrique começou a praticar basquete aos 12 anos, depois de perceber que não tinha tanta habilidade com os pés, apesar de ser a brincadeira mais comum na infância.
Quando se deu conta de que levava jeito para o esporte da bola laranja, passou a se dedicar e buscou aprimorar suas técnicas em uma escolinha perto de casa.

“Antes eu jogava futebol. Mas vi que era meio descoordenado para a modalidade e melhor com as mãos. Foi então que um conhecido que me dava uns treinos na praça falou para eu ir para um clube melhorar no basquete, e foi indo. Assim fui evoluindo, jogando os regionais em Roraima e consegui a classificação para os Jogos da Juventude de 2024”, disse, relatando suas primeiras experiências na cidade natal, Boa Vista – RR.

Pedro se mudou de Roraima para Santa Catarina. Foto: Abelardo Mendes Jr/ COB

“Foi quando o professor Kênio, de Santa Catarina, me viu e me convidou para jogar pelo Avaí, clube de Florianópolis que tem parceria com o Instituto Estadual de Educação, que representa o estado nos Jogos da Juventude”, contou Pedro, ou “Roraima”, como é chamado pelos colegas de equipe.

O grande palco da juventude esportiva serviu para Pedro Henrique continuar evoluindo em novos ares, embora a adaptação nem sempre tenha sido simples. Vindo de um local úmido e quente, o jovem teve que se acostumar com as temperaturas mais baixas do sul do país.

“A adaptação dele quando chegou o inverno foi bem difícil. Quando bateu 17, 18 graus, já achou que estava no Polo Norte. Depois viu o que era inverno de verdade. Apavorou, mas hoje já está bem e acostumado com o clima”, lembrou Kênio Nunes, treinador do garoto.

“Apesar de inicialmente estar em um centro com pouca atividade de basquete, sem tantas oportunidades e competições, era nítido o grande potencial do Pedro. Observamos ele no ano passado, nessa mesma competição, e em poucos meses conseguimos lapidar esse talento. Hoje, ele é um dos meninos mais importantes da nossa equipe”, destacou o treinador catarinense.

Do outro lado, Tiago Alvarenga iniciou sua trajetória no basquete um pouco mais cedo, e também na cidade natal, Ponta Porã. Inspirado por uma referência muito próxima, o irmão mais velho, que hoje joga no Deportivo Amambay, do Paraguai, o jovem tem um modelo de crescimento na modalidade dentro de casa.

Tiago Alvarenga representa a equipe do Mato Grosso do Sul. Foto: Abelardo Mendes Jr/ COB

“Comecei no basquete com oito anos porque via meu irmão indo treinar todo dia, e isso me inspirou a iniciar no esporte também. Ele é minha grande referência, e é legal saber que estou dando os mesmos passos que ele já deu um dia”, contou o jovem armador.

Tiago sonha que os Jogos da Juventude CAIXA 2025 tenham para ele o mesmo impacto que tiveram na caminhada de Pedro. O jovem sul-mato-grossense celebra a grande vitrine que os Jogos proporcionam.

“Disputar essa competição é ser visto por treinadores de vários estados e isso é muito importante pra quem quer seguir no esporte. Torço pra ser visto e convidado por algum clube e conseguir me dedicar 100% ao basquete“, concluiu Tiago.

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