Embaixadora dos Jogos da Juventude CAIXA, Rebeca quer ser espelho

Em bate-papo exclusivo, campeã olímpica fala sobre expectativa para competição em João Pessoa

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nov 6, 2024
Embaixadora dos Jogos da Juventude CAIXA, Rebeca quer ser espelho

Consciente do seu tamanho para o esporte brasileiro e para a sociedade de forma geral, Rebeca Andrade sabe do potencial de sua participação como embaixadora dos Jogos da Juventude CAIXA 2024, que acontecem de 13 a 28 de novembro em João Pessoa (PB).

Com uma trajetória de resiliência, não tendo desistido depois de três cirurgias no mesmo joelho para chegar ao posto de maior medalhista da história olímpica do Brasil, a ginasta quer mostrar que sonhar não custa nada, mas é a dedicação que forma um grande atleta.

Ela contou isso e muito mais em um bate-papo exclusivo para o site do COB.

Foto: Washington Alves/COB

Qual a importância do papel de embaixadora dos Jogos da Juventude para você?

Rebeca – Acho que é inspirar, servir de espelho para que tantos meninos e meninas sigam sonhando, vendo que tudo é possível. Eu já tive a idade deles, também sonhava, sonhava em ser uma ginasta, me espelhava na Daiane, tinha meus objetivos, e nunca deixei que alguém me fizesse desistir. Os Jogos da Juventude são como uma mini Olimpíadas, só que aqui no nosso país, uma experiência incrível que vai fazer eles crescerem muito como atletas e mostrarem seus talentos.

Quais as principais mensagens que você pretende passar para os jovens atletas como embaixadora?

Rebeca – Que acreditem, que sejam resilientes porque os obstáculos vão aparecer, sempre vão aparecer pedras no caminho, mas que é preciso ter foco para estarmos cada vez mais fortes. Sonhar não custa nada, mas sonho é uma conquista. É preciso ter muita dedicação e vontade para fazer esse sonho de tornar realidade.

Como você espera ser recebida pelos atletas melhores atletas das categorias de base de todo o país?

Rebeca – Espero que seja uma grande festa! Estou bem ansiosa para encontrar esa garotada, para celebrar esse momento que é tão importante e especial. E não só para eles, mas para mim também. Esse meninos e meninas são o futuro do nosso esporte, podem estar representando o nosso país em Mundiais, Jogos Olímpicos da Juventude, Pan-Americanos, Olimpíadas nos próximos anos. Que eles aproveitem muito todas as oportunidades, todos os momentos, porque é parte do aprendizado e parte do processo para quem tem o sonho de ser atleta.

Foto: Washington Alves/COB

Qual a importância dos Jogos da Juventude para a revelação de talentos pro esporte nacional?

Rebeca – É na base que a gente constrói o futuro, que estimula esse amor pelo esporte, que cria laços que levamos para a vida toda, seja como atleta ou não. Eu comecei muito nova, com 4, 5 anos, e com meus 9, 10 anos eu deixei minha casa em Guarulhos, com o apoio da minha família, para ir atrás do meu sonho. Olho para trás e tenho muito orgulho de tudo que fiz, de tudo que conquistei, e gratidão por todos que me ajudaram a chegar até aqui. Os Jogos da Juventude surgem como oportunidade para que esses jovens mostrem potencial, sejam vistos e evoluam a partir das trocas, dos momentos e dos aprendizados que terão durante a competição.

Foto: Washington Alves/COB

Em João Pessoa, Rebeca pode inclusive ajudar a inspirar suas futuras companheiras de seleção brasileira. É que, ainda que a faixa etária geral dos Jogos da Juventude seja de 15 a 17 anos, na ginástica artística feminina as idades variam de 14 a 15.

Na modalidade, a chegada à categoria adulta acontece no feminino no ano em que uma ginasta completa 16 anos. Então boa parte das competidoras dos Jogos da Juventude poderão, já em 2025, estar competindo entre as adultas.

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