A decisão do torneio simples masculino de badminton foi parelha, com alternância de placar e dois sets indo a 23 pontos, mas Fhelipe Lennon conseguiu prevalecer sobre Hiarley Branco, do RJ, e conquistar a primeira medalha de ouro para o Piauí nos Jogos da Juventude CAIXA Brasília 2025. “Acho que só tivemos bronze até agora”, comentou ao final do jogo vencido por 2 a 1 – parciais de 23/21, 15/21 e 23/21.
E comentou também as dificuldades que enfrentou contra Hiarley, adversário que ele já conhece de outros campeonatos e contra quem tem bom retrospecto. “Ele é mais alto e gosta de bolas mais baixas. Já eu prefiro um pouco mais altas, mas nem sempre consegui. O jogo foi mais difícil que eu imaginei”, admitiu Fhelipe.
No terceiro set até pareceu que a vitória seria mais tranquila. Na pausa da metade Fhelipe vencia por 11 a 6. E quando tinha 18 a 15, viu Hiarley pedir atendimento médico. Mas na volta o atleta do Rio de Janeiro fez três pontos seguidos e voltou para o jogo. “Como disse, ele gosta de jogo muito rápido e isso sempre dificulta, porque eu sou mais lento. Quando o jogo empatou em 20 a 20 eu entendi que teria que entrar no jogo dele. Então, acelerei mais e comecei a correr. Deu certo
Aos 17 anos, Fhelipe já é um veterano de Jogos da Juventude. Tem dois ouros nas duplas masculinas, mas foi justamente em sua última participação que conseguiu ser campeão de simples. “Até que enfim. Os Jogos da Juventude são uma experiência única. Eu já disputado torneios internacionais de badminton, este ano fomos bronze por equipes no Pan-americano Junior na Guatemala. Mas essa atmosfera aqui é diferente. Gente de todos os estados. E cada esporte tem pessoas de um jeito. Gosto de ver o basquete, o jogo em equipe. Bem diferente do badminton. E gosto do judô também. O combate físico. As pessoas vão lá e batem na outra”, brincou.
Fhelipe é de uma família dedicada ao badminton. “Comecei a jogar porque meus primos jogavam. Nos meus primeiros Jogos da Juventude, fui campeão de dupla com meu primo. A Juliana Viana, primeira mulher brasileira a vencer uma partida olímpica de badminton, em Paris 2024, é minha prima. A irmã dela, Júlia, também joga. E o Marcos Filho, que chegou na final das duplas mistas aqui (e foi derrotado pela dupla do RJ) é meu primo também”, enumerou.
E é com o apoio da família que Fhelipe quer seguir. “Todos me incentivam e eu treino de segunda a sábado por três horas e meia. Já não vou mais poder jogar os Jogos da Juventude, mas o meu futuro eu espero que seja no badminton. Vou fazer o que puder para que seja assim, garantiu.