Há um ano no wrestling, Analice Melo é prata nos Jogos da Juventude CAIXA Brasília 2025

Lutadora de Manaus concilia a modalidade com jiu-jitsu e conta que começou nas competições ‘na marra’

Voltar para
Voltar para

“Este mês faz um ano que eu comecei a lutar wrestling”, conta Analice Melo, feliz com a medalha de prata nos Jogos da Juventude CAIXA Brasília 2025 categoria 73kg. A história na modalidade começou com boa dose de ousadia. “Me inscrevi num campeonato em Manaus sem nunca ter treinado. Na marra! Fui até a final, estava ganhando, mas acabai tomando a virada porque não dominava as técnicas de defesa”, relembra com um sorriso.

Não que Analice fosse uma estranha nos mundos dos combates. “Eu venho do jiu-jitsu, sou faixa azul”, explica. No torneio do ano passado, que classificava para os Jogos da Juventude do ano passado, ficou a boa impressão causada em Waldeci Silva, referência no esporte. Foi ele quem chamou Analice para treinar na modalidade. “Eu fui e adorei”.

A técnica passou a ser aprimorada e hoje wrestling e jiu-jitsu fazem parte da rotina de Analice. “Estudo de 7h a 12h30. Às 13h começo o treino de wrestling, que vai até as 15h. Às 16 tenho jiu-jitsu nogi e às 19h, jiu-jitsu com kimono”, lista. Exaustivo, mas Analice não se incomoda. “Mesmo cansada eu não reclamo. A luta, para mim, é uma terapia. Me faz acreditar, me faz ter mais confiança em mim”, explica.

Uma rotina pesada. Um pouco diferente da que tem suas amigas, mas tudo bem. “As meninas jogam vôlei! Aí elas ficam me perguntando coisas da luta, como funciona, como eu me defendo. E eu também faço perguntas, porque entendo pouco de vôlei”, brinca.

Pode ser que em breve o wrestling ganhe mais espaço neste cronograma corrido. “É muito top. Agora, por exemplo. É a primeira vez que viajo para competir com o wrestling. E logo na minha primeira edição dos Jogos da Juventude, consegui a prata”, celebra Analice, que foi derrotada na final pela carioca Kaillany da Cruz. Não que importe tanto. O futuro ainda está aberto. “Quero conquistar as minhas coisas”, diz, antes de uma pausa reflexiva. “Vou continuar no meu caminho e vamos ver no que vai dar.”

Notícias relacionadas