Aos 15 anos, a judoca Mila Oliveira tem plena consciência da importância que é representar a Bahia nos Jogos da Juventude CAIXA Brasília 2025. Prova disso foi a explosão de alegria ao ser campeã da categoria -44kg, após vencer a paulista Giovanna Imhof, levando seu estado ao lugar mais alto do pódio pela primeira vez nesta edição do maior evento multiesportivo do país voltado para jovens atletas de até 17 anos. As medalhas de bronze na categoria ficaram com Rebeca Cavalcante (RN) e Alice Lima (RJ).
“Poder elevar o meu estado ao primeiro lugar do pódio é incrível, porque sinto que muitas pessoas que entram para lutar ou jogar contra a Bahia, já vem desmerecendo e jogando a gente para baixo. Mas a Bahia tem muitos talentos e muita coisa boa, desde a dança até a comida. E tem muito atleta bom. Pode ser que muitos não tenham visibilidade, mas a Bahia está cheia de talentos”, desabafou Mila.
Emocionada, em meio a muita comemoração, a primeira atitude ao sair da arena de competição foi fazer uma ligação de vídeo para os pais e o sensei. “A gente chorou junto de emoção, porque essa conquista não é só minha, se eu falasse que só eu, a medalha é só minha, seria mentira. A medalha é de toda essa equipe, meu pai, minha mãe, minha irmã, meu nutricionista, todos”, explica Mila.
A conquista do ouro na primeira vez que disputa os Jogos da Juventude serve como combustível para voos mais altos. “Meu sonho é chegar a ser campeã olímpica e levar o meu estado ao topo entre as melhores do mundo”, diz Mila.
Para isso, a rotina de treinamento, musculação, preparação física, alimentação, sono e tudo mais exigem dedicação desde nova. “É uma felicidade imensa perceber que valeu a pena o trabalho, porque quem treina todo dia, se esforça, dá tudo de si pela medalha, quando ganha, é incrível”, compartilha Mila.
Mesmo aos atletas mais dedicados, porém, os momentos de descanso e laser são essenciais. Para essas ocasiões, a baiana de Salvador revela que não dispensa um acarajé e uma praia, duas maravilhas que a Bahia tem o privilégio de proporcionar.
Rafaela Freitas leva prata para Bahia
A Bahia também subiu ao pódio com a judoca Rafaela Freitas, na categoria -48kg. “Estou bastante feliz, mas não satisfeita ainda. Quero treinar mais para que venha a medalha de ouro”, comenta. Baiana de 15 anos, Rafaela tem na sua xará carioca a maior inspiração: a campeã olímpica Rafaela Silva. “Gosto da garra, da raça e do sangue nos olhos que ela entra na luta. Ela sempre mira no topo”, explica.
O ouro da categoria feminina até 48kg ficou com Giovanna Moutinho, de Pernambuco. Completaram o pódio, Maria Miziara (MS) e Emanuelly Sena (RJ), ambas com o bronze.
