Com futuro promissor na ginástica rítmica, Sarah Mourão (MG) e Beatriz Vieira (SP) dominam medalhas nos Jogos da Juventude 2025

Fenômeno da ginástica rítmica nos Jogos da Juventude, a mineira Sarah Mourão somou 4 pódios nesta edição. Sua concorrente direta, a paulista Bia Vieira terminou com 3

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A ginástica rítmica brasileira vive um ótimo momento. Uma das responsáveis por colocar o país entre os melhores do mundo, Bárbara Domingos acompanhou de pertinho talentos promissores competirem nos Jogos da Juventude CAIXA Brasília 2025; e ficou impressionada pelo que viu! Dois nomes em especial vêm ganhando destaque – e se alternando no lugar mais alto dos pódios. A mineira Sarah Mourão, 15 anos, terminou a competição organizada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) com quatro medalhas, e a paulista Beatriz Vieira, 14 anos, com três.

Na sua terceira e última participação nos Jogos da Juventude, Sarah foi campeã do individual geral, deixando Beatriz com a prata. Duas semanas atrás, foi a paulista quem venceu o Campeonato Brasileiro Juvenil, enquanto Sarah ficou com a segunda colocação. O revezamento se repetiu nas provas por aparelhos dos Jogos da Juventude. Na bola, Beatriz ficou com o ouro; e Sarah com a prata. Nas maças, Sarah levou o ouro e Beatriz, a prata. A mineira ainda foi campeã por equipes, prova em que São Paulo terminou na 5ª posição.

“Tenho muita admiração pela Bia, porque eu sei de toda a história dela, ela é muito forte. Até brincamos que estamos nos alternando os pódios. É uma rivalidade boa, porque somos muito amigas, e as nossas treinadoras também”, conta Sarah. Mais tímida, Beatriz reforça o sentimento de parceria entre elas, que inclusive ajuda a aliviar a tensão durante as competições. “É uma disputa legal. Somos muito amigas, rimos de tudo quando estamos juntas”, revela Bia.

Beatriz Vieira (SP) levou a medalha de ouro na bola da ginástica rítmica dos Jogos da juventude CAIXA Brasília 2025. Foto: Abelardo Mendes Jr/COB

As duas promessas da ginástica rítmica brasileira não se encontram apenas como adversárias nas competições. Em 2024, elas passaram duas semanas treinando com a seleção brasileira juvenil. Em junho deste ano, representaram o Brasil no Mundial Juvenil de Ginástica Rítmica, na Bulgária. Em agosto,  voltaram a defender as cores verde-amarelo nos Jogos Pan-Americanos Júnior de Assunção. 

“Na viagem para os Jogos Pan-Americanos, nós nos aproximamos muito. Acho que sempre temos que estar juntas, torcendo uma pela outra, porque o esporte não tem que ter muita rivalidade. Eu amo a Bia e o esporte ensina isso também, de cultivar amizades”, diz Sarah. 

Ao menos nos Jogos da Juventude, essa foi a última vez que se enfrentaram. Aos 15 anos, Sarah se despediu do campeonato que marcou o início de sua trajetória com o sentimento de missão cumprida, somando nove medalhas nas três edições disputadas. Na primeira participação nos Jogos da Juventude de 2023, a mineira de Belo Horizonte conquistou duas medalhas. Na segunda, foram três. Neste ano, fechou a conta com mais quatro.

“Fico triste por ser minha última participação, mas feliz por poder ter vindo em todas as edições e ter levado o nome do meu estado e da minha escola sempre no alto. Desde a minha primeira participação, essa competição sempre foi muito importante para mim, e o nível sempre foi muito alto”, diz Sarah. 

Campeã do individual geral, a mineira Sarah Mourão conquistou quatro medalhas na ginástica rítmica dos Jogos da juventude CAIXA Brasília 2025. Foto: Abelardo Mendes Jr/COB

Sarah vive um momento de transição importante na carreira de atleta. Em 2026, estreará na categoria adulta. As quatro medalhas conquistadas nos Jogos da Juventude, em sequência das outras quatro que ganhou nos Jogos Pan-Americanos Júnior de Assunção apontam para o potencial promissor dela. Antes de começar o desafio na nova categoria, porém, a mineira ainda tem pela frente o Campeonato Sul-Americano, na Argentina. 

“Cada resultado, cada conquista me traz mais confiança de que estou no caminho certo, me deixa mais firme e mais feliz, porque sei que será uma batalha subir para o adulto, competir com meninas mais velhas e mais experientes, que inclusive são minhas inspirações”, projeta Sarah.

Referência da promissora ginasta mineira, a finalista olímpica Bárbara Domingos vislumbra um crescimento contínuo da modalidade no Brasil a partir das apresentações que tem observado dos jovens talentos. 

“Fiquei impressionada pelo que vi. Semana passada estava tendo campeonato juvenil e percebemos uma grande evolução, é uma competição que dá gosto de ver. Tem meninas muito fortes e muito boas, até na divisão B. Realmente a categoria juvenil deu um boom muito grande”, avalia Bárbara Domingos, embaixadora dos Jogos da Juventude CAIXA Brasília 2025.

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