Lágrimas de ouro: avó e neta festejam juntas título para Minas Gerais no tiro com arco dos Jogos da Juventude

Gabriela Matias conta com apoio da avó Maria das Graças nas arquibancadas para chegar ao lugar mais alto do pódio após pratas em 2023

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nov 16, 2024
Lágrimas de ouro: avó e neta festejam juntas título para Minas Gerais no tiro com arco dos Jogos da Juventude

Os Jogos da Juventude CAIXA são um lugar de realização de sonhos. Muitas vezes, não só dos mais de 4,2 mil atletas participantes. Neste sábado, 16, chegou a vez de Maria das Graças, de 72 anos, realizar um desses tantos desejos envolvidos na competição: ver a neta ganhar a medalha de ouro no tiro com arco. 

Gabriela Monteiro Matias, de Minas Gerais, contou com a energia e a torcida da avó para ficar com o título da disputa individual feminina. E não foi só Maria das Graças que caiu no choro depois da tão esperada conquista. O abraço das duas foi repleto de emoção. 

Gabriela durante a competição em João Pessoa. Foto: Grazie Batista

“É muito bom esse apoio, eu estou muito emocionada. Mas eu sou muito emotiva. Ontem eu conversei com um amigo meu e falei que eu ia chorar independentemente do meu resultado. Poder abraçar minha avó no final de tudo é muito bom. Ter esse apoio de uma pessoa que eu amo”, disse ela. 

Maria das Graças saiu de Niterói, no Rio de Janeiro, para acompanhar a neta de perto em João Pessoa. A energia positiva e as comemorações a cada flecha disparada por Gabriela não foram em vão.

“Ai, a emoção é muito grande. Eu torço muito por ela, pra ela ter calma, paciência, e atirar como ela sabe fazer muito bem. Aprendi um bocado sobre o tiro com arco com ela. Sou avó coruja, que acompanha em tudo que pode. Estamos muito, muito felizes”, falou a avó. 

A atleta mineira, de 16 anos, superou Iasmin Gorito, do Rio de Janeiro, para ficar com o título. Depois de duas medalhas de prata no ano passado (individual e equipes mistas), enfim ela conseguiu comemorar o ouro. 

“Estou nervosa até agora, tremendo pra pra caramba (risos). Eu abracei muito a Mônica (treinadora), porque eu estava muito nervosa. Estava tremendo, suando. E estava atirando mesmo assim. Mas eu pensei que tinha que dar certo”, contou. 

“Eu achei um tiro legal, um tiro confortável. Fui tirando dez, nove. Pensei “cara, é isso! Tremendo ou não, é esse tiro!”. Eu tirei um peso, é uma explosão de felicidade. Eu falei que esse ano eu tinha que ganhar o ouro. Eu vim e ganhei (risos), eu estou muito feliz”, disse ela. 

E para conquistar a tão sonhada medalha, Gabriela treina em um local um pouco inusitado. O terreno da Federação Mineira, em Belo Horizonte, tem todo o necessário para a preparação. O problema é como chegar até ele. Só é possível acessar entrando por um cemitério. O que já não é mais um problema para a jovem. 

“Estou acostumada, o importante é estar sempre treinando (risos)”, completou!

Gabriela com a medalha de ouro e a mascote Bamba. Foto: Grazie Batista/COB

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