Como todo bom jogo de basquete, a partida que levou o time feminino do Maranhão de volta à 1ª divisão, foi definida nos últimos minutos, com direito a prorrogação e emoção até os últimos lances. A vitória contra o time do Pará, pelo placar de 48 a 43, na semifinal da 2ª divisão, garantiu as maranhenses a vaga para disputar a edição de 2025 dos Jogos da Juventude, que reunirá as oito melhores equipes do país, na divisão principal.
Após 10 anos sem participar da elite do torneio, Ana Carolina, um dos destaques da partida, comentou emocionada da importância deste feito para seu estado. “Falei para elas que não encerraria minha participação sem uma medalha e sem levar o time para a primeira divisão. O Maranhão merece estar entre os melhores”.
Fã declarada de Iziane Castro, atleta que esteve em várias conquistas pela seleção brasileira de basquete e sua conterrânea, a jovem Carol, como prefere ser chamada, almeja seguir seus os passos e revela a importância de tê-la como referência.
“Basquete é a minha vida. Quando conheci a história da Iziane, me apaixonei pelo esporte. Ela jogava demais e sabia que era isso que eu queria fazer. Tudo o que vivi aqui foi maravilhoso e estou muito feliz. Tenho muito orgulho de representar meu Maranhão e quero continuar vivendo desse esporte”, completou a atleta de 17 anos, que se despede dos Jogos da Juventude, na sua segunda participação.
No último período, faltando cinco segundos para o termino da partida, a diferença era de dois pontos. O time do Pará tinha a posse de bola e precisava reverter o placar, com uma bola de três, ou empatar com uma cesta de dois, para levar a partida à prorrogação. E foi o que aconteceu! Dois pontos para as paraenses, muitos gritos e prorrogação. Nos cinco minutos extras, Carol arrumou a equipe, chamou a responsabilidade e levou o Maranhão à vaga na decisão da 2ª divisão, com adversário ainda a ser definido.
“Estou até sem ar, mas foi muito bom, inesquecível. Ano passado a gente ficou próximo. Agora tudo certo e nada poderia ser melhor”, finalizou a basqueteira, que começou na modalidade aos oito anos.
Para o professor Betinho, voltar à 1ª divisão da modalidade é um passo importante para o desenvolvimento do basquete no estado, que carrega a tradição de ter bons times na história do esporte feminino.
“Nosso objetivo era chegar à primeira divisão, após 10 anos de ausência. Nosso estado já conquistou o titulo da elite e precisávamos voltar. É gratificante ver a alegria delas e todo nosso esforço reconhecido. Estar entre as 8 melhores equipes do país é a forma de retribuir a todos que investem e acreditam em nosso trabalho”, disse o professor Betinho.
Conheça também: “Mãe técnica e filha atleta se dividem entre broncas e afagos em busca de sucesso no basquete dos Jogos da Juventude”.