Dentre os mais de 4.000 atletas de até 17 anos que fazem parte dos Jogos da Juventude CAIXA João Pessoa 2024, talentos de diversas modalidades chamam a atenção pelo desempenho acima da média na competição organizada anualmente pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Muitos desses jovens apresentam potencial para terem sucesso em uma carreira profissional. E tal caminho fica mais fácil se eles estiverem atuando nos grandes centros do esporte brasileiro. Esse é o caso da levantadora Clara Menezes, de Alagoas.
Bastante técnica e com visão de jogo acima da média, a adolescente de 16 anos passou recentemente por testes no Fluminense e foi aprovada para fazer parte da base do tradicional clube carioca que disputa a Superliga Feminina. Agora, falta convencer os pais a toparem a mudança para o Rio de Janeiro.
“Eu fiquei uma semana sendo avaliada no Fluminense e querem fechar comigo. Estou muito feliz e não vejo a hora de ir, mas, basicamente, eu só preciso convencer os meus pais, porque eu iria sozinha. O clube oferece bolsa em uma boa escola particular, moradia em um apartamento compartilhado com outras atletas e outros benefícios”, disse Clara, na quadra do Instituto de Cegos da Paraíba, onde, apesar da derrota alagoana, ela foi destaque na partida contra Sergipe, na abertura do vôlei nesta edição dos Jogos da Juventude.
Atualmente vestindo as cores do CRB, popular agremiação de Maceió, a atleta entende que é o momento perfeito para dar uma guinada na sua carreira.
“São muito diferentes as realidades de Alagoas e Rio de Janeiro no vôlei, em questão de estrutura, de treinamento e de qualidade dos treinamentos. É muito empolgante você poder sair de um lugar sem muito investimento para um dos maiores clubes do voleibol brasileiro”, falou a camisa 10.
A garota abriu um largo sorriso ao ser questionada se ela enxerga a participação nos Jogos da Juventude, na capital paraibana, como um aperitivo para voos mais altos, como estar em uma seleção brasileira de base e mirar as mais importantes competições internacionais,
“A experiência aqui nos Jogos está sendo incrível, tudo está sendo muito legal. Acho que ir para o Rio de Janeiro vai me fazer evoluir bastante e pensar em competições maiores”, explicou Clara.
Técnico de Alagoas, Jean Tavares encheu a bola da sua comandada e comemorou bastante a oportunidade que a levantadora pretende agarrar.
“É o que eu sempre falo: as atletas não são nossas. Se o melhor para ela é ir para um grande centro, que seja. O mais importante é que o Brasil tenha sempre esses grandes talentos em centros em que elas possam se desenvolver melhor, em clubes de ponta. Ela é muito talentosa, tem uma qualidade de toque e muitas outras virtudes, sendo a excelente leitura de jogo a principal delas”, comentou o treinador.